PS e Chega: Debate Acirrado sobre Imigração e Segurança Nacional

A AD - Coligação PSD/CDS afirmou nesta sexta-feira que o PS colocou a segurança nacional em risco com a gestão da imigração, apontando para uma conduta que consideram irresponsável. O Jornal de Notícias revelou que o Governo do PS teria permitido a entrada de 120 mil imigrantes sem verificar o respetivo registo criminal, o que intensifica as críticas.

Em declarações proferidas a partir da sede nacional do PSD, em Lisboa, Carlos Coelho, vice-presidente do PSD e porta-voz da AD, acusou o PS de pôr em causa a segurança e o humanismo que deve marcar a receção dos que chegam a Portugal. Segundo Coelho, o PS comprometeu tanto o direito à segurança como o dever de acolher de forma digna os imigrantes.

O dirigente criticou ainda a aliança entre o PS e o Chega, afirmando que esses partidos impediram a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP. Para Coelho, “uma política responsável de imigração deve regular os fluxos legais e combater a irregularidade”, sugerindo que a situação atual é o resultado de decisões políticas erradas.

Em contexto de campanha eleitoral, foi feito um desafio direto ao PS e ao Chega para que esclareçam se mantêm a sua oposição à criação de medidas que permitam um controlo mais eficaz dos imigrantes em situação irregular. O vice-presidente do PSD referiu ainda a “aproximação” do PS a medidas de regulação, embora tenha sublinhado que esta não chega a satisfazer os requisitos de segurança e controlo das fronteiras.

Por fim, Carlos Coelho criticou a mudança de discurso do PS, que passou de afirmar ter excesso de Governo para, recentemente, declarar que há Governo insuficiente. Esta oscilação na narrativa política foi tida como mais um exemplo da instabilidade que ronda a política de imigração.