Aníbal Cavaco Silva elogia Luís Montenegro, afirmando que é superior aos seus pares na ética política e qualidades de gestão, destacando a importância das suas propostas para o futuro do país.
O antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, fez uma defesa fervorosa de Luís Montenegro, sublinhando que o atual primeiro-ministro "não fica atrás de nenhum" líder partidário no que diz respeito à ética na vida política.
Num artigo de opinião para o Observador, Cavaco Silva expressou que as políticas defendidas por Montenegro antes da crise política e da convocação de eleições antecipadas servem como um bom reflexo das propostas que este irá apresentar na próxima legislatura. Ele enfatizou as boas capacidades de Montenegro nas questões técnicas que envolvem os diversos ministérios, a liderança do Governo e a representação dos interesses de Portugal na União Europeia, características que, segundo ele, não são evidentes nas outras lideranças partidárias.
Refletindo sobre as atitudes dos líderes da oposição, Cavaco Silva declarou que não encontrou em nenhum deles padrões éticos e morais que superassem os de Montenegro. Para fundamentar a sua escolha, Cavaco elegeu três critérios: a aptidão política e técnica, a ética na vida política e a proposta de política geral do Governo.
Em relação à controvérsia envolvendo a Spinumviva, a empresa familiar de Montenegro, Cavaco Silva disse que o líder da AD inicialmente cometeu um erro de avaliação, mas corrigiu-o de forma exemplar, demonstrando boa-fé. Ele também criticou a campanha de desconfiança por parte da oposição, que, segundo ele, criou um ambiente político tão caótico que resultou numa moção de confiança e, posteriormente, na demissão do Governo, com as eleições antecipadas na mira.
Sobre os programas eleitorais, Cavaco qualificou-os como meras atualizações de propostas que já foram apresentadas há pouco mais de um ano. A seu ver, as políticas prévias até à crise política são indícios claros das políticas que cada partido irá defender na nova legislatura. Defendeu ainda que as diretrizes da 'AD–Coligação PSD/CDS' são as mais adequadas para promover o desenvolvimento do país, melhorar a qualidade de vida das famílias e oferecer um futuro promissor aos jovens, considerando as restrições das realidades económicas e sociais atuais.
Cavaco Silva também denunciou os obstáculos impostos pelo Parlamento pelo bloco opositor, que, na sua visão, demonstrou evidente incompetência técnica em vários momentos. Em contrastes, elogiou o Executivo de Luís Montenegro nos seus onze meses de atividade, mencionando ações concretas como o aumento do poder de compra, a defesa do emprego e a estabilização financeira, que têm sido fundamentais para preparar um futuro melhor para os jovens e aproximar Portugal dos países mais desenvolvidos da União Europeia.
Concluindo, o ex-primeiro-ministro repetiu que não existem outros líderes partidários que possuam qualidades superiores em termos de competência técnica e política, liderança e defesa dos interesses nacionais. Reiterou que as políticas da AD são as mais adequadas para o progresso de Portugal e que somente a 'AD – Coligação PSD/CDS' pode garantir a estabilidade política necessária ao país. As eleições legislativas, recorde-se, estão agendadas para o dia 18 de maio, e a campanha eleitoral já está em curso.