O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, classifica as palavras de Hugo Carneiro como inaceitáveis e reitera a necessidade de seriedade política.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, expressou a sua desaprovação em relação às declarações do deputado do PSD, Hugo Carneiro, que pediu às forças policiais que tentem identificar as fontes que revelaram informações sobre os clientes da Spinumviva, a empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Raimundo afirmou que "não podemos ignorar" estas declarações consideradas de "mau gosto". "Nos últimos dias, surgiram novos desenvolvimentos relacionados com o primeiro-ministro. Esta situação não irá desaparecer e apenas reforça a legitimidade das nossas críticas anteriores. O primeiro-ministro deveria ter apresentado a sua demissão, mas optou por não o fazer, escolhendo uma via de evasão. Vejo isso como uma tentativa de desviar o foco dos problemas essenciais que o país enfrenta, especialmente numa altura em que se aproxima a época eleitoral", sustentou, nas suas declarações à imprensa durante a Ovibeja.
Rui Rocha, comentando a situação, enfatizou que é inaceitável que um membro do parlamento sugira a possibilidade de uma perseguição a jornalistas.
Adicionalmente, Rocha frisou a importância de Beja não ser negligenciada na próxima legislatura, afirmando: "Não fazemos promessas, mas assumimos compromissos, algo que me traz grande confiança".
Recentemente, o jornal Expresso revelou que Luís Montenegro apresentou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, incluindo sete empresas nas quais trabalhou na Spinumviva, companhia que foi fundada por ele e recentemente transferida para os seus filhos.
Após estas novas informações, o deputado Hugo Carneiro solicitou ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses que requisitasse à Entidade para a Transparência os registros de quem teve acesso aos dados sobre o primeiro-ministro, visando descobrir quem forneceu essas informações à imprensa.