O líder do PSD destaca a necessidade de uma política de segurança eficaz e critica o PS pela mudança de posição sobre as ações governamentais nesta área.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou ontem em Portalegre que a segurança em Portugal deve ser uma prioridade inquestionável. Durante um jantar comício da AD - Coligação PSD/CDS-PP, Montenegro criticou o líder do PS por ter inicialmente censurado as estratégias do Governo nesta matéria e, posteriormente, ter alterado a sua postura.
“Quando defendemos a importância de garantir um policiamento próximo e visível nas ruas, enfrentámos muitas críticas”, recordou Montenegro, referindo-se às mensagens contraditórias do seu opositor eleitoral, que considerou o primeiro-ministro como o “mais extremista” desde o 25 de Abril.
O líder do PSD destacou que, ao apresentar estratégias de visibilidade e prevenção criminal, foi tachado de extremista, enquanto o PS, após as eleições, reconheceu a sua relevância. “Agora é preciso mais força das forças de segurança”, sublinhou, ironizando sobre a mudança de posição do seu adversário.
Montenegro também criticou o PS e o partido Chega no que toca à imigração, defendendo uma entrada “ordenada” de imigrantes. O candidato propôs a criação de uma unidade específica na PSP para tratar de estrangeiros e fronteiras, assim como a agilização dos processos de regresso pela Agência para a Integração de Migrações e Asilo (AIMA).
“Infelizmente, estas propostas foram rejeitadas no parlamento, devido à coligação de votos entre o PS e o Chega. Eles uniram-se no que realmente importa, incluindo na destituição do Governo”, lamentou.