O líder do PCP solicita um aumento do investimento estatal para a habitação, defendendo que o mercado livre não satisfaz as necessidades da população.
Durante uma iniciativa em Pinhal Novo, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, fez um apelo à necessidade de mais intervenção do Estado na habitação, propondo que 1% do Produto Interno Bruto (PIB) seja dedicado a este sector. 'Como estaria a Saúde se o Estado tivesse apenas 2% da sua gestão? E a Educação? Isso é o que acontece com a habitação', questionou Raimundo, sublinhando que a problemática da habitação é um dos desafios mais urgentes do país.
Após ouvir relatos de jovens que enfrentam dificuldades para aceder a uma casa, o líder da CDU responsabilizou o mercado livre, afirmando que 'só serve os interesses da banca e dos fundos imobiliários, mas nunca da população'. Para ele, a mudança nas políticas habitacionais é crucial para garantir que o direito à habitação, consagrado na Constituição, seja efectivamente cumprido.
Reiterando a proposta da CDU para as eleições legislativas de 18 de maio, Raimundo explicou que é através do fortalecimento desta coligação que se pode reverter o actual cenário de habitação, advogando que 'uma casa não é um luxo, é um direito'.
Paula Santos, deputada e cabeça de lista em Setúbal, apoiou a ideia de que, entre os direitos conquistados há 51 anos durante a Revolução de Abril, a habitação é aquele que menos avanços apresentou. 'Os governos abandonaram a sua responsabilidade ao entregarem a habitação ao mercado, e os resultados são visíveis', concluiu.