Movimento Livre propõe Passe Nacional de Mobilidade para todos os meios de transporte

No Cais do Sodré, em Lisboa, Rui Tavares, porta-voz do Livre, manifestou-se em prol da criação de um Passe de Mobilidade Nacional que permita a utilização de diversos meios de transporte, como comboios, autocarros, barcos e táxis. Esta proposta visa proporcionar maior liberdade de movimento aos cidadãos, facilitando o acesso a serviços essenciais.

Tavares, que chegou ao evento de bicicleta — uma prática comum nas suas deslocações, incluindo as visitas à Assembleia da República — destacou a importância de facilitar o uso de múltiplos meios de transporte. "A ideia é que o Passe de Mobilidade Nacional consiga abranger não apenas o transporte ferroviário e rodoviário, mas também as várias modalidades disponíveis, como os barcos e táxis, especialmente nas regiões de baixa densidade", esclareceu.

Rui Tavares ressaltou que, nas zonas menos populosas, os táxis frequentemente representam a única opção de transporte para as pessoas que precisam visitar centros de saúde ou órgãos administrativos. Por isso, a inclusão deste meio de transporte na proposta é fundamental.

O porta-voz do Livre, acompanhado pela líder parlamentar Isabel Mendes Dias, estava a distribuir panfletos quando reafirmou o objetivo do partido: promover a liberdade de circulação para todos os cidadãos. "Para que alguém seja verdadeiramente livre, não pode ficar preso em casa. É vital ter acesso às diversas áreas do país e utilizar os serviços disponíveis no dia a dia", afirmou.

A par da criação do passe, Tavares defendeu a expansão dos atuais passes multimodais, sugerindo a inclusão da ligação fluvial entre Setúbal e Tróia no passe Navegante Metropolitano e a promoção de passes integrados em várias comunidades intermunicipais.

Durante a sua passagem pelo Cais do Sodré, Tavares teve uma interação notável com um rapper brasileiro, que improvisou uma música em suporte ao seu trabalho e deixou um apelo aos eleitores. "Se você quer ficar Livre, Livre de qualquer ditadura", foi uma das mensagens que ecoou entre os apoiantes do partido.

Enquanto recordava os tempos em que o Livre recolheu muitas assinaturas na zona, Tavares encontrou uma jovem de 22 anos que lhe garantiu o seu voto: "O país precisa de uma nova esquerda que faça sentido", afirmou ela, unindo-se ao chamado de mudança.