O líder da IL sustentou que a Esquerda em Portugal está derrotada e critica a falta de propostas concretas para o país, destacando o uso do medo como estratégia eleitoral.
Durante um jantar na Casa do Alentejo, em Lisboa, Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal (IL), afirmou esta segunda-feira que a Esquerda em Portugal “já entregou os pontos” e, por isso, está derrotada. Segundo Rocha, a evidência da derrota da Esquerda não se baseia apenas em sondagens, mas sim na natureza do seu discurso atual.
“A Esquerda não apresenta soluções viáveis para o país e, ao invés, recorre sistematicamente ao medo na sua tentativa de sobrevivência política,” afirmou, sublinhando que este comportamento é um sintoma claro de uma situação perdida.
O líder da IL criticou individualmente os líderes dos partidos de esquerda, começando pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que, segundo ele, erroneamente acredita que a IL está a favor de grandes grupos económicos. “Nós favorecemos os trabalhadores portugueses que se esforçam diariamente, e não grandes interesses,” assegurou.
Em seguida, Rocha reagiu aos comentários do porta-voz do Livre, Rui Tavares, sobre o potencial da direita conseguir dois terços dos deputados para alterar a Constituição. Ele reafirmou que a IL está disposta a rever a Constituição para eliminar a menção à “sociedade socialista”.
Sobre os alertas da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, quanto ao “perigo da IL”, Rui Rocha destacou a ineficácia das propostas do BE, apontando que não existem exemplos de sucesso onde as suas medidas tenham sido implementadas.
Por último, em relação às críticas do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que comparou o modelo de saúde da IL ao dos Estados Unidos, Rui Rocha respondeu que as propostas da IL são baseadas nas melhores práticas da Europa. “O que defendemos irá beneficiar realmente os cidadãos, ao contrário do SNS que foi deixado em more…,” disse, referindo-se à precariedade do sistema atual.
“Infelizmente, a saúde privada prosperou sob o governo da geringonça, à custa dos cidadãos socialmente mais vulneráveis. Estes são os que mais sofrem com as falhas do SNS,” concluiu o líder da IL.