Política

Luís Montenegro sob fogo cruzado por ligações à Spinumviva

há 12 horas

O porta-voz do Livre critica o primeiro-ministro por falta de transparência sobre a empresa familiar, acusando-o de evitar o escrutínio e de não estar à altura do cargo.

Luís Montenegro sob fogo cruzado por ligações à Spinumviva

Rui Tavares, porta-voz do Livre, manifestou preocupações relativamente à condução do primeiro-ministro, Luís Montenegro, em relação à empresa Spinumviva, ligada à sua família. Durante o lançamento da campanha para as legislativas na Associação de Moradores da Bouça, no Porto, Tavares afirmou que Montenegro parece estar a "fugir ao escrutínio", adiando sucessivamente os esclarecimentos necessários.

O deputado apontou que a Spinumviva começou como uma empresa de gestão patrimonial, mas ao longo do tempo a sua função foi alterando, passando a receber avenças e a prestar consultoria de reestruturação de empresas. "É inquietante que um político que antes defendia a ética no seu papel como líder da oposição agora se veja envolvido em situações assim", questionou Tavares.

Rui Tavares também enfatizou que, ao não se demitir, Luís Montenegro impediu o seu partido de procurar um novo candidato à liderança do governo e, na sua opinião, não deveria continuar a ser recandidato ao cargo de primeiro-ministro.

Ainda sob brasas, o responsável do Livre criticou as sugestões de Hugo Carneiro, deputado do PSD, que levantou a hipótese de as autoridades judiciárias acederem a registos telefónicos para identificar quem divulgou a nova lista de clientes da Spinumviva. Tavares considerou que esta postura representa um verdadeiro atentado à liberdade de imprensa, relembrando que fonte jornalística deve ser protegida, especialmente em casos de interesse público.

Na última quarta-feira, o jornal Expresso noticiou que Montenegro entregou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, acrescentando mais sete empresas para as quais trabalhou através da Spinumviva, a qual fundou e que agora se encontra sob a gestão dos seus filhos. Após a publicação destas revelações, Carneiro prontamente pediu ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no parlamento que investigasse a origem da informação divulgada.

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