Política

O Fim da Duopolítica: Bloco Central PS e PSD Rompido nas Legislativas de 2024

há 14 horas

O tradicional pacto entre PS e PSD nas eleições para o Parlamento Europeu foi desfeito em 2024, com o Chega a surpreender ao eleger dois deputados.

O Fim da Duopolítica: Bloco Central PS e PSD Rompido nas Legislativas de 2024

Nos últimos 20 anos, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) alternaram o poder nas eleições legislativas para os círculos da Europa e Fora da Europa. No entanto, este acordo tácito chegou ao fim em 2024, com a ascensão do Chega, que conquistou dois assentos nestes círculos eleitorais.

Desde 2005, ocorreram sete eleições em Portugal, e o PSD dominou este espaço, até 2019, com a maioria dos deputados eleitos. No primeiro ano de referência, 2005, cada um dos partidos conseguiu um deputado na Europa enquanto o PSD obteve dois assentos Fora da Europa, resultados estes que se repetiram em 2009, 2011 e 2015.

Em 2019, com mudanças significativas na lei do recenseamento que aumentaram o número de eleitores, tanto o PS quanto o PSD conseguiram um deputado por cada círculo. As eleições de 2022 marcaram uma nova fase, com o PS a garantir dois deputados pela Europa e ambos os partidos a assegurarem um mandato cada Fora da Europa.

A reviravolta ocorreu em 2024, quando o Chega conseguiu eleger um deputado em cada círculo, enquanto o PS continuou a sua representação pela Europa e a Aliança Democrática (AD) fez o mesmo, garantindo um mandato por Fora da Europa.

À medida que se aproximam as legislativas de 18 de maio, os portugueses voltam a ter a palavra em relação à escolha de quatro deputados para estas regiões, com 36 candidaturas disputadas – 18 para a Europa e 18 para Fora da Europa.

Na AD, José Manuel Ferreira Fernandes, atual ministro da Agricultura e Pescas, é o candidato principal pela Europa, seguido de Carlos Alberto Gonçalves. Para Fora da Europa, a lista é liderada por José Cesário, atual secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

O PS opta por uma nova estratégia, apresentando Maria Emília Ribeiro, conselheira das comunidades, como cabeça de lista pela Europa, e Vitor Silva como cabeça de lista para Fora da Europa, deixando Paulo Pisco de fora.

Dentre os 18 partidos que se apresentam no círculo da Europa, o Chega, que anteriormente elegeu José Dias Fernandes, mantém a mesma proposta. O Bloco de Esquerda (BE) escolheu Maria Teresa Soares e a CDU nomeou Joana de Abreu Carvalho. A Iniciativa Liberal (IL) optou por Ana Luísa Flora Moura, enquanto o Livre apostou em Ana Mafalda Bernardino.

No círculo Fora da Europa, o Chega repete Manuel Magno Alves como candidato, enquanto o BE escolheu Ana Isabel da Silva, a CDU optou por Ana Isabel Oliveira, a IL nomeou Christian Hohn e o Livre escolheu Samuel Semedo.

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