O secretário-geral do PS, durante um comício no Porto, assinalou que a abordagem da AD e IL à saúde contrasta fortemente com os resultados do SNS, destacando o falhanço do modelo neoliberal.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, comparou o percurso que a Aliança Democrática (AD) pretende seguir em conjunto com a Iniciativa Liberal (IL) na área da saúde, à situação nos Estados Unidos da América (EUA), referindo que este país, apesar de ser o mais rico do mundo, apresenta resultados de saúde inferiores aos de Portugal.
Num comício que teve lugar no Porto, onde abordou principalmente as questões do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o líder do PS e candidato a primeiro-ministro enfatizou que o caminho seguido pelo seu partido é "totalmente distinto".
"Não precisam de reinventar a roda, basta olhar para quem já percorreu esse caminho. O trabalho que estamos a realizar, tal como o que Fernando Araújo e Manuel Pizarro têm desenvolvido, é focado em identificar as falhas no SNS e corrigi-las. Houve uma reforma em curso para fortalecer o SNS, mas foi interrompida pela AD, e isso foi feito de forma clara", destacou.
Segundo Santos, a falta de apoio da AD ao SNS demonstra uma ausência de crença no sistema, mesmo após tantos anos. "Eles estiveram no parlamento e não aprovaram a fundação do SNS. Passados todos estes anos, continuam a não acreditar na sua eficácia", acrescentou.
O secretário-geral do PS abordou também a situação alarmante dos serviços de urgência obstétrica em Portugal, sublinhando que "nenhum socialista se sente bem com a realidade que temos assistido nos últimos meses". Ele defendeu que a confiança das grávidas no SNS deve ser preservada, uma vez que não todas as mulheres têm acesso ao setor privado e necessitam de um SNS robusto.
Santos reafirmou que "o SNS nunca falha". Quando se trata de complicações na gravidez ou no parto, "há sempre um hospital que nunca recusa atendimento, e são os hospitais públicos".
Em seu discurso, o líder do PS reiterou que a "saúde é um direito" fundamental, e estava acompanhado por Fernando Araújo, cuja experiência como diretor executivo do SNS reforça a sua posição.