Política

Ventura exige transparência na origem dos fundos de Pedro Nuno

há 2 semanas

Ventura alerta para os imóveis adquiridos por Pedro Nuno e propõe rigor nas declarações financeiras dos titulares de cargos públicos, questionando a possível utilização de fundos públicos.

Ventura exige transparência na origem dos fundos de Pedro Nuno

André Ventura manifestou-se em conferência de imprensa, criticando a aquisição, pelo secretário-geral do PS, de dois imóveis avaliados entre 1,3 e 1,4 milhões de euros. O líder do Chega questionou a origem dos fundos, apontando para incoerências nas declarações de Pedro Nuno Santos e exigindo averiguação sobre a eventual mistura de recursos públicos e privados.

Durante o encontro, Ventura revelou que já analisou a documentação relativa aos processos de compra realizados em Lisboa e Montemor-o-Novo, sublinhando que “o valor e a forma de aquisição chocam o cidadão comum”. Em função disso, o presidente do Chega defendeu a aprovação de um programa, para a próxima legislatura, que imponha obrigações declarativas mais rigorosas aos titulares de cargos públicos na aquisição de imóveis de elevado valor.

Ventura ainda referiu que, em caso de omissão na declaração destes patrimónios, a legislação poderá prever penas de até três anos de prisão, procurando assim construir um consenso político em torno deste tema sensível.

O líder do Chega criticou as explicações prévias oferecidas por Pedro Nuno, que inicialmente insinuavam ajudas de um círculo familiar, mas que agora parecem referir-se a uma origem distinta dos recursos. “Como é que um político pode dispor de tal montante para adquirir imóveis, especialmente tendo em conta a dificuldade de acesso à habitação no nosso país?”, inquiriu Ventura, que não poupou críticas aos líderes do PS e do PSD, nomeadamente ao primeiro-ministro Luís Montenegro, alertando para a crise habitacional que afecta os portugueses.

Numa tentativa de reforçar a transparência, o secretário-geral do PS publicou, na manhã de hoje, a documentação prometida sobre os processos de compra, incluindo escrituras, contratos e cadernetas prediais. Esta divulgação veio ao encontro das investigações e averiguações preventivas iniciadas pelo Ministério Público, que visam apurar a origem dos fundos utilizados nas aquisições.

Ventura concluiu afirmando que a exigência de esclarecimentos não se trata de mera curiosidade, mas de um imperativo para que os cidadãos compreendam como se justificam as fortunas que possibilitam a compra de imóveis inacessíveis à maioria. “Quem não deve, não teme”, reafirmou, enquanto se prepara para continuar a abordar estes temas durante a campanha eleitoral.

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