Política

PS critica "incongruências" do Governo, enquanto PSD defende avanços em 11 meses

O PS denunciou ineficiências do Governo nas áreas sociais, com o PSD a contrabalançar, sublinhando melhorias em comparação com o passado socialista de 8 anos.

02/07/2025 19:45
PS critica "incongruências" do Governo, enquanto PSD defende avanços em 11 meses

No decurso das declarações políticas esta tarde no parlamento, o líder parlamentar do PS, Pedro Delgado Alves, expressou a sua insatisfação ao afirmar que o "início da legislatura revela uma clara tendência para o aumento dos problemas herdados do primeiro mandato da Governação da AD".

Alves criticou várias áreas essenciais para a vida em sociedade, sustentando que estas comprometem o presente e o futuro do estado social. O socialista acusou o Governo de estar mais preocupado em "esvaziar a agenda da extrema-direita" do que em lidar com as urgências que exige a situação atual.

As críticas dirigidas pelo PS focaram-se na saúde, na educação, na habitação, na agricultura e na gestão do PRR. Pedro Delgado Alves destacou que o Governo teve "todas as facilidades do mundo", mas a realidade contrasta com as ilusões que foram propaladas, sugerindo que as medidas em curso podem agravar a situação existente.

Em resposta, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, utilizou a expressão "muitos inconseguimentos", uma referência à terminologia criada pela antiga presidente do parlamento, Assunção Esteves. Ele sublinhou que as comparações feitas pelo PS eram, na sua opinião, inapropriadas, afirmando que muitos poderiam pensar que estavam a ver um documentário histórico.

Hugo Soares salientou que, sob a atual governação, há mais portugueses com médicos de família e que os tempos de espera diminuíram. Relativamente à habitação, fez notar que se duplicaram as metas de construção de casas definidas pelo PS no PPR.

Soares também argumentou que não se têm observado greves no ensino pública, dado que se recuperou a autoridade e o respeito dos professores.

Na réplica, Pedro Delgado Alves considerou que esse exercício de “comparar o incomparável” tende a ignorar os problemas levantados ao longo dos últimos 11 meses, ou mesmo a “mascarar os números”.

Finalmente, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, fez uma crítica ao PS, considerando curioso que o partido se pronuncie sobre o estado social, quando, segundo ele, foram precisamente os socialistas a representar as dificuldades neste setor, questionando como é que agora se apresentam como se nunca tivesse governado.

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