Após um apagão sem precedentes de 10 horas, líderes pedem respostas rápidas, transparência na comunicação e uma análise profunda das vulnerabilidades nas infraestruturas críticas.
Na sequência de um apagão que deixou Portugal sem eletricidade durante aproximadamente 10 horas, diversos líderes políticos têm vindo a criticar a forma como a situação foi gerida e a solicitar medidas urgentes para garantir a segurança e a continuidade dos serviços essenciais.
Reunião de emergência: O Governo convocou um Conselho de Ministros de emergência, no qual o primeiro-ministro apelou à calma enquanto as autoridades se empenhavam em restabelecer a normalidade. Contudo, as críticas não tardaram a surgir entre os partidos.
Partidos à procura de respostas: O secretário-geral do PS apelou à convocação do Gabinete Coordenador de Segurança, reunindo os serviços de segurança e proteção civil, e denunciou que “num instante o que tomamos como garantido desapareceu”. O líder socialista criticou a falta de celeridade na gestão da comunicação pela Proteção Civil.
Chega e a necessidade de coordenação: André Ventura enfatizou a importância de que o Governo coordene de forma imediata todas as estruturas, alertando que manter a população “às escuras” só poderá fomentar o caos e a desinformação.
Combate à desinformação: Mariana Mortágua e a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, pediram uma comunicação eficaz e transparente. Enquanto Mortágua destacou a necessidade de resposta rápida aos setores afetados, Inês Sousa Real criticou a demora na divulgação de informações cruciais por parte da Proteção Civil.
Análise das vulnerabilidades: O PCP defendeu medidas que assegurem a rápida reposição do fornecimento, priorizando serviços essenciais como saúde, transportes, educação e segurança. Paulo Raimundo já planeia um debate parlamentar sobre as fragilidades mostradas pelo sistema elétrico. De igual forma, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, enalteceu o trabalho dos responsáveis, mas defendeu uma análise minuciosa das infraestruturas críticas, reforçando a importância de prevenir futuras falhas.
O restabelecimento total da energia ocorreu de forma gradual, começando pela zona centro e culminando com a normalização completa do serviço, o que, apesar dos esforços, deixou um rastro de questionamentos sobre a resiliência do sistema energético nacional.