Nacionalização da REN torna-se imperativa para a soberania nacional

O BE defende a nacionalização da REN como ação crucial para a soberania nacional.

Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, reiterou na Assembleia da República que a nacionalização da REN – Redes Energéticas Nacionais – é hoje mais vital do que nunca, especialmente após o recente apagão que afetou o território continental e Espanha.

Segundo a bloquista, a capacidade de gerir e controlar a rede elétrica é indispensável para salvaguardar a autonomia de Portugal. Embora reconheça que uma rede pública possa não eliminar todos os problemas, este incidente demonstrou a vulnerabilidade dos sistemas quando geridos por interesses que não servem prioritariamente ao país.

Além disso, Mortágua criticou a resposta do Governo, destacando que a comunicação sobre o corte generalizado de energia foi tardia. As declarações do ministro adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que, sem informações completas, sugeriu a possibilidade de um ciberataque, contribuíram para a propagação de desinformação num momento crítico.

Ela também recordou que alertas prévios, constantes no Relatório Anual de Segurança Interna, já sinalizavam os riscos de depender de operadores estrangeiros em infraestruturas estratégicas para a segurança económica e interna de Portugal.

O apagão, que começou às 11:30 na segunda-feira, resultou no encerramento temporário de aeroportos, congestionamentos nos transportes e na escassez de combustíveis. De momento, a E-Redes confirmou que o serviço foi integralmente reposto.