Pedro Nuno Santos defende que a nacionalização da REN não impediria o apagão e destaca que Portugal dispunha da capacidade energética necessária na segunda-feira.
Pedro Nuno Santos afirmou, durante uma conferência de imprensa em Lisboa, que o recente acidente na rede elétrica é fruto de um incidente a ser totalmente apurado e que não pode ser atribuído à condição privada da REN.
Para o líder socialista, independentemente de a REN ser pública ou privada, o apagão ocorreria, dado que o problema não estava na propriedade da empresa, mas sim na complexidade das questões de gestão e manutenção das redes. Ele sublinhou que a origem da crise permanece por esclarecer e que o episódio não compromete a capacidade de produção energética nacional.
O dirigente destacou ainda que, mesmo que as centrais a carvão estivessem operativas, estes teriam permanecido inativos face à importação de energia mais barata de Espanha, numa lógica de mercado que beneficia ambos os países. Em contrapartida, ressaltou que Portugal possui potencial para recorrer a fontes como a energia hídrica, sendo até exportador em determinados momentos.
Segundo Pedro Nuno, o caminho para evitar futuras situações semelhantes passa por um reforço contínuo das redes e pela modernização da sua gestão, garantindo uma maior estabilidade, redundância e resiliência na resposta a eventuais falhas.