Política

Pedro Delgado Alves defende transparência após consulta à declaração de Luís Montenegro

há 12 horas

O deputado do PS Pedro Delgado Alves assegura que não partilhou informações externas sobre o primeiro-ministro e critica a desinformação sobre o procedimento de consulta.

Pedro Delgado Alves defende transparência após consulta à declaração de Luís Montenegro

O deputado do PS, Pedro Delgado Alves, que coordena o Grupo de Trabalho de Registo de Interesses da Assembleia da República, confirmou ter acedido à declaração do primeiro-ministro, Luís Montenegro, após um aviso da Entidade para a Transparência (EpT) sobre alterações no documento.

Em declarações à agência Lusa, Delgado Alves justificou a consulta à declaração de Montenegro, afirmando que o fez "nos termos em que se faz nestes casos" e tendo em conta a reunião agendada do grupo de trabalho para o dia seguinte. O objetivo deste grupo é "avaliar a existência de conflitos de interesses entre as atividades declaradas e o exercício do mandato" por parte de titulares de cargos públicos.

O deputado apontou que apenas discutiu as suas dúvidas com o colega do BE, Fabian Figueiredo, sobre entidades mencionadas na declaração que não eram conhecidas previamente. Questionado sobre possíveis partilhas de informação com pessoas externas ao grupo, Delgado Alves negou categoricamente, afirmando "Precisamente".

Além disso, lamentou a propagação de desinformação por parte de figuras que, segundo ele, sabem bem as regras do procedimento de notificação e consulta das declarações, que são, por lei, públicas e não sigilosas. Esta afirmação surgiu em resposta às críticas do deputado do PSD, Hugo Carneiro.

Recentemente, o jornal Expresso noticiou que Luís Montenegro submeteu uma nova declaração à Entidade para a Transparência, que inclui sete novas empresas onde trabalhou na Spinumviva, a empresa que fundou e que agora pertence aos seus filhos. O deputado Pedro Nuno Santos, do PS, levantou questões sobre se esta atualização não teria sido feita para influenciar um debate parlamentar. Montenegro, por sua vez, defendeu que não promoveu a divulgação de sua declaração e sugeriu que o PS estaria por trás da divulgação dos clientes da Spinumviva.

Em resposta ao surgimento de novos dados, Hugo Carneiro pediu ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses que solicite à Entidade para a Transparência as informações sobre quem acedeu aos dados do primeiro-ministro, a fim de identificar quem poderia ter partilhado a informação com a imprensa. O PS, numa conferência de imprensa, rejeitou qualquer envolvimento na divulgação dos clientes da Spinumviva e criticou o Governo por manter um "padrão de opacidade e falta de transparência".

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