"Pedro Nuno Santos critica governo e pede união em torno da valorização dos carecedores"

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, afirmou hoje em Aveiro que o governo de Luís Montenegro se encontra à beira do colapso, uma vez que, segundo ele, "depois de distribuído o excedente herdado dos governos do PS, não resta nada".

"Não sabemos qual é o projeto para o país. Não existe uma estratégia ou uma visão clara para Portugal", declarou o dirigente socialista durante um comício de preparação para as eleições legislativas antecipadas, que se realizam a 18 de maio.

Dirigindo-se a uma plateia de aproximadamente 400 apoiantes, dissse que a convocação de eleições antecipadas por parte de Montenegro foi uma tentativa de desviar o foco das questões urgentes levantadas pela sociedade e pelos partidos. "O que pedimos eram esclarecimentos, mas Luís Montenegro optou por chantagear o Parlamento, preferindo eleições a prestar contas ao povo português", enfatizou.

Pedro Nuno Santos responsabilizou ainda Montenegro por não fornecer informações adequadas à Entidade para a Transparência, sugerindo que as suas intenções visavam ocultar a lista de clientes da Spinumviva até depois das eleições. "A atitude dele sempre foi a de tentar enganar e ocultar a verdade", sublinhou.

O líder do PS também destacou uma suposta agenda secreta da Aliança Democrática (AD) que pretende privatizar parte das pensões, assegurando que o PS não permitirá essa ação. Além disso, propôs um pacto nacional para valorizar os profissionais que trabalham com crianças e idosos. "Um país digno é aquele que cuida de quem cuida," afirmou.

Durante o evento, a eurodeputada e ex-ministra da Saúde, Marta Temido, ressaltou a importância destas eleições, dizendo que o país necessita de lideranças corajosas e transparentes, que estejam comprometidas com o serviço público.

Sobre as palavras do ex-presidente da República, Cavaco Silva, que defendeu Montenegro, Marta Temido reagiu com desdém: "A mim só me dá vontade de rir," afirmou, provocando a reação do público presente.