PAN acusa de oportunismo a denúncias anónimas na pré-campanha

A líder do PAN, Inês Sousa Real, criticou hoje o uso de denúncias anónimas que levaram à abertura de uma averiguação preventiva ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. Em declaração, efetuada à margem de uma visita à Associação Zoófila Portuguesa, em Lisboa, a porta-voz alertou para o risco de se estar a privilegiar interesses eleitorais, em detrimento de outros casos igualmente graves.

Sousa Real defendeu a necessidade de que todos os políticos sejam submetidos a um rigoroso escrutínio e que a justiça atue com imparcialidade, de forma a não contaminar a campanha eleitoral com “casinhos”. Para a dirigente, a abertura deste processo desvia o foco de outras questões, nomeadamente investigações envolvendo o Chega, onde se aludem crimes de pedofilia e falsificação de assinaturas.

A porta-voz do PAN sublinhou que não se devem explorar situações sensíveis para fins políticos e criticou a ênfase atribuída a operações policiais, como o recente arquivamento de um processo no Martim Moniz, que, segundo ela, alimenta uma agenda anti-imigração sem corresponder à realidade dos índices de violência nacionais.

Inês Sousa Real alertou que o verdadeiro problema de insegurança em Portugal reside na violência doméstica e de género, questão que, para ela, tem sofrido clara negligência por parte de alguns setores do panorama político. Segundo a dirigente, é necessário abordar todos os assuntos com o devido rigor e responsabilidade, sem privilegiar interesses políticos.