Morte de mulher ventilada gera dúvidas sobre a comunicação do INEM

Durante uma visita à feira Ovibeja, em Beja, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, expressou a sua preocupação sobre o caso de uma mulher de 77 anos, que estava ventilada e que, alegadamente, faleceu em consequência de um apagão. A polémica surge pela comunicação tardia do INEM sobre o falecimento, que só foi anunciada na quinta-feira, após o conhecimento do ocorrido na segunda-feira.

Pedro Nuno Santos questionou, "Se o INEM já tinha conhecimento da situação na segunda-feira, por que apenas anunciou este infeliz acontecimento um dia depois?" O político destacou a importância de uma resposta clara da ministra da Saúde, lembrando que investigações anteriores, como as relativas às mortes do dia da greve do INEM, ainda não tinham apresentado resultados.

Sobre a morte da septuagenária, o Ministério da Saúde ordenou uma auditoria para averiguar as circunstâncias, com a ministra Ana Paula Martins a solicitar esclarecimentos à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS). A família da vítima indicou que a falta de energia foi a causa do falecimento.

O ministério afirmou que, segundo informações do INEM, a vítima possuía várias comorbilidades e estava em casa quando o pedido de socorro foi feito às 15:52, após o que foi enviada uma Viatura de Emergência Médica (VMER).

Este apagão, que afetou Portugal e Espanha na segunda-feira a partir das 11h30, levanta interrogantes sobre a eficácia da comunicação de emergências pelo INEM, e o líder socialista sublinha que é crucial que investigações como esta tragam resultados rapidamente.