Política

Mariana Mortágua rejeita alteração do 25 de Abril e defende o respeito à liberdade

há 5 dias

A líder do BE critica a decisão governamental de adiar as celebrações do 25 de Abril, afirmando que este ícone da democracia não pode ser postergado nem desvalorizado.

Mariana Mortágua rejeita alteração do 25 de Abril e defende o respeito à liberdade

Mariana Mortágua reiterou a sua oposição à mudança de data das comemorações do 25 de Abril, considerando-a um sinal de desrespeito pela liberdade e pela história de Portugal. A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou que a data não pode ser considerada “descartável” e que não se deve esperar para celebrar os valores da democracia, o voto livre e o direito de voto das mulheres.

Em declarações feitas no Largo do Carmo, em Lisboa, Mortágua enfatizou que a memória de um dos períodos mais marcantes, e dolorosos, da história portuguesa – marcada por uma das ditaduras mais longas da Europa – necessita ser preservada com a dignidade e respeito que merece.

A crítica surge após o Governo anunciar o adiamento da tradicional abertura dos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, que passou a ocorrer apenas a 1.º de maio, num contexto de luto nacional e em sinal de respeito pela morte do Papa Francisco. O gabinete do primeiro-ministro esclareceu que, ainda assim, os jardins de São Bento estarão disponíveis para visitação no dia 25 de Abril, entre as 10:00 e as 17:00, com a distribuição de cravos, mas sem festa nem a presença de Luís Montenegro, que se deslocará a Roma para as cerimónias fúnebres.

Na mesma quinta-feira, o Governo aprovou o decreto que impõe três dias de luto nacional em memória do Papa Francisco, que se estenderão de hoje até sábado. Quanto ao período de luto, Mortágua reconheceu que a mensagem do Papa sobre liberdade e paz, e o seu legado, devem ser honrados com o devido respeito.

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