Israel promete resposta firme se Síria não proteger a comunidade drusa

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez uma declaração contundente, afirmando que "se os ataques contra os drusos recomeçarem e o regime sírio não os impedir, Israel responderá energicamente". Esta posição surge após recentes conflitos que resultaram na morte de mais de 100 pessoas na província de As-Suwayda, perto de Damasco.

As hostilidades entre os combatentes drusos e as forças vinculadas ao Governo sírio tiveram início quase cinco meses após a queda do regime do Presidente Bashar al-Assad, que ocorreu numa coligação de grupos rebeldes islâmicos em dezembro de 2024.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 70 pessoas perderam a vida em apenas dois dias de confrontos sectários ocorridos na terça e quarta-feira; o número de mortos subiu para 101 posteriormente. O líder religioso druso na Síria denunciou estes atos como uma "campanha genocida injustificada" e solicitou a "intervenção imediata das forças internacionais de manutenção da paz".

Em resposta, o Governo sírio desconsiderou os pedidos de proteção internacional, considerando-os como iniciativas de grupos "fora da lei". Os drusos, uma minoria étnica que representa cerca de 0,3% da população síria, habitam principalmente na região sul do país e têm uma história de desconfiança em relação ao novo regime sunita extremista. Estima-se que a comunidade drusa conte com cerca de 700.000 membros, que se têm focado na preservação dos seus territórios e na evitação do recrutamento compulsivo para o exército sírio.

Além da Síria, a população drusa está também presente no Líbano e em Israel, incluindo os Montes Golã sob controlo israelita.