Política

Inês Sousa Real enfatiza limites da tolerância em marcha LGBTI+ do Porto

Durante a 20.ª marcha LGBTI+ do Porto, Inês Sousa Real defendeu que a tolerância com aqueles que atacam direitos humanos deve ser restringida, sublinhando que o ódio e a discriminação são crimes.

28/06/2025 17:15
Inês Sousa Real enfatiza limites da tolerância em marcha LGBTI+ do Porto

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, fez uma contundente intervenção hoje na 20.ª marcha LGBTI+ do Porto, na Avenida dos Aliados, onde destacou que "a tolerância com os intolerantes deve ter um limite". A deputada enfatizou que é inaceitável que existam grupos ou partidos que, de forma aberta, se opõem aos direitos humanos e aos princípios fundamentais consagrados na Constituição, atacando não apenas a comunidade LGBTIQA+ [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, queer, assexuais e outros], mas também os direitos das mulheres e outras minorias, discriminando ainda com base na cor da pele.

Inês Sousa Real frisou que estamos a enfrentar "uma luta desafiadora contra o crescimento da extrema-direita", apontando para o "financiamento, em alguns casos de origem duvidosa, que sustenta esses movimentos". A deputada defendeu que deveria haver medidas legais que levassem à ilegalização destes grupos e lamentou a extinção do partido Ergue-te, que se verificou por não apresentar contas, e não pela sua agenda xenófoba e extremista.

Em relação à exclusão de certos movimentos do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), a deputada declarou que é essencial que a monitorização dos movimentos extremistas esteja refletida nesse relatório, sublinhando que a investigação a estas entidades não justifica a sua exclusão.

"É nossa responsabilidade, como partido do espectro democrático, fomentar políticas que promovam a inclusão. Precisamos de um plano nacional que implemente princípios de não discriminação para combater o ódio", afirmou Inês Sousa Real.

A deputada alertou ainda que "discriminar ou sentir ódio em relação a alguém por questões de identidade de género, cor da pele ou orientação sexual não é liberdade de expressão, é crime". Ela reafirmou o compromisso do PAN em apoiar o respeito e a igualdade, considerando fundamental a criminalização de tais comportamentos como um ato de justiça.

Inês Sousa Real concluiu sua mensagem reafirmando que "o ódio mata, enquanto o amor, a liberdade e o direito de sermos quem somos não causam morte".

A '20.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto', que decorreu entre a Avenida dos Aliados e o Largo Amor de Perdição, trouxe restrições ao trânsito nas ruas circundantes, sendo asseguradas por agentes da polícia. Sob o lema 'Direito a existir, Dever de resistir', a marcha teve um percurso que incluiu várias artérias da cidade e terminou no Largo Amor de Perdição.

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