Em luto nacional pelo Papa Francisco, o Governo cancelou a agenda festiva do 25 de Abril. O PCP, no entanto, sublinha que o respeito à memória e à justiça não se nega com alterações na programação.
Num cenário de luto pela morte do Papa Francisco, o Governo decretou três dias de luto nacional, a decorrer entre hoje e sábado. Durante o briefing do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência anunciou o cancelamento da "agenda festiva" do 25 de Abril, justificando a necessidade de uma postura reservada em homenagem ao pontífice.
O Partido Comunista Português (PCP) emitiu um comunicado onde realça que "homenagear o Papa Francisco não é com cancelamentos, mas sim com a afirmação dos valores da paz e da justiça". Segundo o partido, estes princípios, presentes na intervenção do Papa, estão também intrinsecamente ligados à lição e aos ideais da Revolução de Abril.
O Governo esclareceu, através de uma nota oficial da Presidência do Conselho de Ministros, que o decreto relativo ao luto não impõe restrições às atividades de entidades e particulares, limitando-se a definir a observância do luto e as datas correspondentes.
Na mesma nota, o executivo referiu que as medidas adotadas visam apenas honrar o legado humanista e o empenho do Papa Francisco na defesa do diálogo, contra a intolerância e em prol da justiça social, direitos económicos e dos mais desfavorecidos.
Ressaltando as condolências a toda a comunidade católica e à Igreja, o PCP concluiu que "homenagear o Papa Francisco é celebrar a vida e os valores de liberdade, democracia, paz e justiça social".