Cultura

Festival Cumplicidades: Uma Exploração Inovadora da Dança em Lisboa

há 17 horas

O Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa traz, de 10 de maio a 02 de junho, mais de vinte propostas, com focus em novas experiências artísticas, conforme anunciado pela Eira.

Festival Cumplicidades: Uma Exploração Inovadora da Dança em Lisboa

O Cumplicidades, Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa, está de regresso à capital entre 10 de maio e 02 de junho, apresentando mais de vinte propostas numa edição definida como "de risco" pela sua organização. O festival visa explorar o lado oculto da criação artística.

Destacam-se doze estreias entre os espetáculos, sendo oito delas totalmente novas. Esta informação foi divulgada pela Eira, uma entidade que existe desde 1993 e é liderada pelo coreógrafo Francisco Camacho, que lançou este festival em 2015, reconhecido como o seu "ano zero".

A programação contará com a curadoria dos coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz, que selecionaram artistas residentes em Portugal, bem como propostas internacionais. Além dos espetáculos, o festival incluirá laboratórios de criação, aulas, audioguias, performances em espaços públicos e conversas.

Segundo os curadores, esta edição do Cumplicidades apresenta uma diversidade de "formatos que exploram as várias camadas da criação artística em Dança", sendo o espetáculo uma das suas múltiplas formas. "Gradações" poderia ser um subtítulo apropriado para este evento.

O festival abrirá com sete curtas performances que resultaram de uma colaboração entre sete artistas e cinco neurocientistas, realizada em conjunto com o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) e a Fundação Champalimaud. As obras de Ana Léon, Jeff Wall e Rui Moreira são o ponto de partida desta pesquisa.

O público poderá adaptar-se à vasta programação, que ocorrerá em vários locais, incluindo o Pavilhão Branco, a Biblioteca de Marvila, o Teatro Taborda, e o Jardim da Estrela, entre outros.

A estreia absoluta de "CatGut Jim", de Connor Scott, será apresentada na Black Box do Centro Cultural de Belém (CCB), enquanto "Melodrama Senza Te", de Bruno Brandolino, terá lugar no TBA. Outros destaques incluem "Mandíbula", de Josefa Pereira, e "Fuck me Blind", de Matteo Sedda, que também se realizarão no CCB.

O Cumplicidades, que acontece bienalmente, recebe uma coprodução do CCB, que alberga várias propostas artísticas. "Dobrez", de Sabela Mendoza, será realizado no Auditório da Biblioteca de Marvila, enquanto "Rokatei", da dupla Park Keito, terá lugar na Rua das Gaivotas 6.

O festival também acolhe o Laboratório Dança Sem Idade, no Teatro Taborda, permitindo que artistas com mais de 45 anos se apresentem, sob a orientação de Francisco Camacho e Diego Lasio.

Tradicionalmente, o festival convida programadores internacionais, proporcionando uma visibilidade global, com nomes como Olga Zitluhina, Flávia Tápias e Sabela Mendoza presentes este ano.

Sofia Dias e Vítor Roriz afirmam que "o festival proporciona contextos que unem pessoas de diferentes áreas, abrangendo tanto aqueles que nunca viram dança quanto os que possuem uma longa familiaridade com a mesma".

Francisco Camacho destaca a "vontade de criar uma ligação íntima com o público", permitindo uma imersão na vibrante comunidade artística que se enriquece com as colaborações do Mediterrâneo.

O diálogo com as artes visuais terá continuação em duas performances, uma de Inês Melo Campos, relacionada a uma obra de Fernanda Fragateiro, e outra de Andresa Soares, em contacto com uma exposição de Francisco Vidal no Pavilhão Branco.

Um evento especial ocorrerá na Fundação Champalimaud, intitulado "Ideias para o Futuro", reunindo artistas e cientistas em palestras e performances que transitarão entre a realidade e a ficção.

Complementando a programação, estará o "Passaporte da Dança", uma iniciativa que, entre 05 e 09 de maio, oferecerá aulas de dança gratuitas em diversos locais da Grande Lisboa, antecedendo a abertura do Festival Cumplicidades.

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