O porto de Shahid Rajai ficou devastado após uma explosão que ceifou 40 vidas e feriu mais de 1.000 pessoas. Já foi ordenada investigação para saber as causas desta catástrofe.
Uma explosão devastadora abalou no sábado o porto de Shahid Rajai, próximo à cidade de Bandar Abbas, no sul do Irão, onde 40 pessoas perderam a vida e mais de 1.000 ficaram feridas. O fatídico incidente, sucedido no meio de um incêndio intenso, mobilizou equipas de emergência e deixou a nação consternada.
Visita do Presidente e início da investigação
O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, deslocou-se até à zona atingida para acompanhar pessoalmente os feridos e assinalar a necessidade de esclarecer os motivos que levaram à explosão, ocorrida em uma das docas do porto. Na mesma noite, uma investigação foi ordenada para determinar a origem deste acidente, o qual, segundo fontes iniciais, teria sido desencadeado por um incêndio em contentores de produtos químicos.
Hipóteses e declarações contraditórias
Uma fonte vinculada aos Guardas da Revolução, citada pelo New York Times, indicou que a explosão pode ter sido provocada por perclorato de sódio – uma substância chave na produção de combustíveis sólidos para mísseis. Por outro lado, a empresa de segurança privada Ambrey mencionou que o porto recebeu combustível químico destinado a mísseis em março, atribuindo a hipótese de um manuseamento incorreto. Contudo, o Ministério da Defesa iraniano rejeitou a presença de qualquer carregamento militar na instalação.
Resposta internacional e contexto geopolítico
Na luta contra o incêndio, foram mobilizados helicópteros e aviões de carga, inclusive com ajuda da Rússia, que ofereceu três aviões para reforçar os esforços de emergência. Enquanto o fogo se encontra controlado e se espera a extinção total até ao final do domingo, o incidente ocorreu num momento delicado, com o Irão a participar na terceira ronda de negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã.
Tensões e preocupações de segurança
Apesar de nenhuma acusação explícita ter sido feita atribuindo o acontecido a um ataque, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, alertou para o elevado estado de vigilância dos serviços de segurança, lembrando episódios anteriores de tentativas de sabotagem e operações que visavam provocar respostas políticas.