As autoridades espanholas inauguraram uma investigação preliminar para determinar se o apagão massivo de segunda-feira, que afectou também Portugal e o sul de França, foi fruto de um ciberataque.
Uma investigação preliminar foi iniciada pelo Tribunal Nacional espanhol, liderado pelo juiz José Luis Calama, para apurar se o desaparecimento súbito de energia na rede eléctrica – que afetou Espanha, Portugal e o sul da França – decorre de um possível ciberataque. Segundo estimativas, cerca de 15 gigawatts deixaram de ser produzidos em apenas cinco segundos, um fenômeno sem precedentes na Península Ibérica.
Se ficar comprovado que a ação foi provocada através de um ciberataque, tal ato poderá ser enquadrado como crime de terrorismo. No entanto, a empresa responsável pela gestão da rede, Red Eléctrica de España (REE), tem afirmado que, com as análises realizadas até ao momento, descarta que a falha nos sistemas de controlo decorra de uma intrusão. O diretor de operações, Eduardo Prieto, realçou ainda que a colaboração com o Instituto Nacional de Cibersegurança de Espanha tem sido um pilar importante desde o ocorrido.
Em declarações recentes, o primeiro-ministro Pedro Sánchez sublinhou que nenhuma hipótese foi excluída na tentativa de explicar este evento sem precedentes. O governo continua a analisar todas as possíveis causas enquanto se aguarda o desenrolar das investigações para esclarecer as circunstâncias que levaram a este apagão repentino.