Mundo

Comissão Europeia aplaude ausência de ciberataque e exige investigação aprofundada

há 5 horas

Após o apagão que afetou a Península Ibérica, hipótese de ciberataque foi descartada. Comissão Europeia e governos apelam a reforçar a resiliência e interconexões energéticas na UE.

Comissão Europeia aplaude ausência de ciberataque e exige investigação aprofundada

A Comissão Europeia reagiu positivamente ao facto de a hipótese de ciberataque ter sido descartada na origem do apagão que afectou Portugal, Espanha e parte do sul de França, no passado segunda-feira. A porta-voz principal, Paula Pinho, salienta que, apesar deste avanço, ainda se aguardam avaliações da Espanha para determinar todas as causas do incidente.

Durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, Paula Pinho afirmou: "Esta é uma boa notícia, mas ainda não podemos tirar conclusões definitivas. Vamos analisar as lições que este evento nos oferece." A Comissão trabalha em estreita colaboração com os operadores nacionais e europeus de sistemas de transmissão, bem como com empresas públicas, para assegurar que, quando concluída a avaliação, sejam implementadas todas as medidas necessárias.

Em paralelo, Bruxelas reforçou a importância de avançar com as interconexões energéticas e incrementar o apoio às energias renováveis. O dia foi também marcado pelo comunicado da empresa responsável pela gestão da rede elétrica espanhola, que confirmou que um ciberataque não esteve na origem do apagão, ocorrido às 11:33 de Lisboa, deixando várias localidades sem eletricidade durante mais de 10 horas.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, garantiu que o Governo está a trabalhar para reforçar a capacidade de prevenção e resiliência da rede elétrica, sublinhando a importância das interligações energeticas com a Europa para reduzir a dependência exclusivamente de Espanha.

Esta discussão sobre as interconexões energéticas, que visa aumentar a ligação de Portugal com o resto da União Europeia para pelo menos 15% até 2030, tem vindo a ser debatida há vários anos. O reforço da rede não só potencia a segurança energética, como também contribui para reduzir os custos, diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e acelerar a transição para fontes renováveis.

Tags:
#EnergiaSegura #InovaçãoUE #ResiliênciaEnergética