Bruxelas afirma que, até agora, não foram registados casos significativos de desinformação nas próximas legislativas em Portugal, com monitorização ativa em curso.
A Comissão Europeia comunicou que, até ao momento, não foram detetados incidentes relevantes de desinformação no âmbito das eleições legislativas em Portugal. Em entrevistas à agência Lusa, Anitta Hipper, porta-voz da Comissão na área de diplomacia, sublinhou que "não se registaram até agora ocorrências significativas".
O IBERIFIER, núcleo regional do Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO), está a realizar uma monitorização rigorosa do ambiente informativo, especialmente com vista às próximas eleições.
Ainda que a salvaguarda da integridade do processo eleitoral, incluindo a proteção contra desinformação, recaia primeiramente sobre as autoridades nacionais, Hipper reforça que estas entidades proporcionam "atualizações regulares, análises e resumos diários sobre narrativas e riscos emergentes".
É vital, segundo a porta-voz, que as autoridades assegurem o respeito pela Lei dos Serviços Digitais (DAS) durante os períodos eleitorais. Tal como em eleições passadas, as plataformas de combate à desinformação, como a EUvsDisinfo, estão prontas para colaborar a fim de garantir que a legislação seja seguida adequadamente.
Hipper apontou que, a nível europeu, as eleições têm sido alvos de tentativas elevadas de manipulação da opinião pública, com uma incidência maior de FIMI (Manipulação e Interferência de Informação Estrangeira). A porta-voz citou as eleições europeias de junho passado, onde se observou um aumento significativo das atividades de agentes de FIMI, como a Rússia, nos períodos que precedem, decorrem e sucedem às eleições.