Política

BE critica PSD por falta de transparência e acusa Montenegro de ilegalidades

há 11 horas

Mariana Mortágua do BE criticou o PSD e Luís Montenegro pela ocultação de informações sobre a Spinumviva, sublinhando as implicações legais da situação.

BE critica PSD por falta de transparência e acusa Montenegro de ilegalidades

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, expressou hoje a sua indignação em relação ao PSD, afirmando que este partido está "de cabeça perdida" após a revelação da lista de clientes da 'Spinumviva', empresa de Luís Montenegro. A bloquista acusou Montenegro de estar a infringir as suas "obrigações legais e formais" ao não tornar pública esta informação.

"Luís Montenegro omitiu do país, ao violar as suas obrigações legais, a lista de clientes da sua empresa, da qual recebeu pagamentos durante o seu tempo como primeiro-ministro. O PSD, face a esta situação, encontra-se desorientado", afirmou Mortágua. As declarações foram feitas na apresentação das prioridades eleitorais do BE, no âmbito do manifesto "Mudar de Vida", que teve lugar esta manhã numa livraria em Lisboa.

Na sequência de um artigo do Expresso que reportou que o primeiro-ministro havia enviado uma nova declaração à Entidade para a Transparência sobre a Spinumviva — empresa que fundou e que foi transferida para os seus filhos — Mortágua questionou se Montenegro pretendia que o país aguardasse até depois das eleições para revelar a sua lista de clientes.

Mortágua criticou ainda o foco da campanha eleitoral, observando que "Luís Montenegro está a desviar a atenção do que realmente importa, levando-nos a discutir temas irrelevantes enquanto questões cruciais como as dificuldades financeiras das famílias, o funcionamento do SNS e a crise humanitária na Palestina permanecem fora de debate." Ela enfatizou que é lamentável que a campanha se tenha tornado um "jogo pessoal" centrado nas falhas de transparência de Montenegro.

Entretanto, na quinta-feira, após a divulgação de novos dados, o deputado do PSD, Hugo Carneiro, solicitou ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no parlamento que requisitasse à Entidade para a Transparência os registos de quem teve acesso aos dados sobre o primeiro-ministro, tentando identificar quem teria partilhado a informação com a comunicação social.

Essas declarações foram prontamente repudiadas pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ). Carneiro, através da rede social X, negou ter sugerido o acesso a registos de telefonemas de jornalistas.

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#TransparênciaAgora #JustiçaParaTodos #BEvsPSD