Fernando Araújo, candidato do PS pelo Porto, afirma que os problemas na saúde resultam de uma "crise provocada" pelo Governo, alertando para a precariedade do SNS.
Durante um comício na Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, no Porto, o cabeça de lista do PS e ex-diretor do SNS, Fernando Araújo, abordou as atuais dificuldades na saúde, classificando-as como uma "crise provocada". Araújo criticou o Governo, enfatizando que "não é uma crise inevitável", mas antes uma situação emergida de promessas não cumpridas.
"A AD afirmou que uma mudança de Governo resolveria os problemas, contudo, em vez de soluções, temos apenas desculpas", afirmou. O ex-diretor do Serviço Nacional de Saúde disparou contra as políticas atuais, que considera que priorizam "a fragmentação e a privatização" do sistema de saúde em vez da sua melhoria. Para ele, cada contratempos resulta em "mais uma convenção com o privado", um padrão que acentua as disparidades e fragilidades existentes.
Araújo denunciou a tendência do Governo em "criar problemas" e depois "apresentar os amigos do costume para os resolver", sublinhando que os responsáveis não atuaram de forma eficaz durante os períodos críticos do passado.
O ex-dirigente de saúde ainda contesta a eficácia dos planos de governo, que muitas vezes se baseiam em "slides" e não em ações concretas. Defende a necessidade de "projetos e equipas motivadas" e critica a falta de responsabilidade e humildade na abordagem dos problemas.
Além disso, Araújo acusou as autoridades da AD de manipularem o desespero da população como uma ferramenta política, criando divisões entre médicos e enfermeiros, assim como entre utentes e profissionais de saúde. Ele reafirmou que "o SNS está em risco" e expressou preocupação com a erosão da democracia, que se agrava pela normalização da mentira.
Por fim, lembrou as trágicas 11 mortes relacionadas à greve do INEM e os problemas recentes que surgiram devido a uma falha no sistema.