Investidores em Wall Street manifestam hesitação num início de semana marcado por indicadores económicos e resultados trimestrais, especialmente no setor tecnológico.
Na abertura da sessão, os resultados indiquaram variações modestas nos principais índices: o Dow Jones subiu 0,28%, o Nasdaq registou uma ligeira queda de 0,10% e o S&P500 avançou 0,06%. A perceção geral foi de pouca ação, com os participantes a adotarem uma postura cautelosa antes de uma semana intensa em divulgações.
Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, afirmou que houve "pouca ação" nesta primeira sessão, enquanto Karl Haeling, do LBBW, classificou o movimento como uma fase de "consolidação" após a recuperação da semana anterior.
Segundo José Torres, da Interactive Brokers, os investidores encontram-se hesitantes à espera de uma semana carregada com numerosos resultados trimestrais e indicadores económicos, sendo que cerca de um terço das empresas do S&P500 irá divulgar os seus dados antes de sexta-feira. Entre estas, quatro empresas pertencentes às chamadas "Sete Magníficas" estão previstas para anunciar os seus resultados; destacam-se os relatórios da Meta e da Microsoft para quarta-feira, seguidos dos da Amazon e Apple no dia seguinte.
A semana promete também ser assinalada por importantes indicadores, incluindo a publicação do índice oficial PCE e do Produto Interno Bruto dos EUA para o primeiro trimestre, período associado ao retorno de Donald Trump à Casa Branca e à implementação de decisões económicas com impacto global.
Adicionalmente, os investidores reagiram aos dados do levantamento mensal ADP/Stanford Lab sobre a criação de emprego nos EUA pelas empresas privadas, embora Haeling ressalte que os números refletem o momento económico antes do anúncio massivo de taxas alfandegárias, previsto para 2 de abril.
Num comentário paralelo, foi sublinhado que as negociações comerciais entre Pequim e Washington mantêm-se num ponto de partida, com declarações do secretário das Finanças, Scott Bessent, referindo que as tarifas sobre produtos chineses são insustentáveis para Pequim. A China, por sua vez, desmentiu qualquer comunicado telefónico entre o seu presidente Xi Jinping e o homólogo norte-americano, contrariando as afirmações de Trump.