Após o apagão que deixou o país às escuras, a APREN sublinha a necessidade de reforçar as infraestruturas elétricas para uma transição para renováveis sem riscos.
O apagão de segunda-feira, que afetou Portugal, Espanha e parte do território francês, evidenciou, segundo o presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge, que a transição para as energias renováveis só pode decorrer quando acompanhada de uma estratégia clara de investimento na rede elétrica.
O dirigente enfatizou que é vital potenciar a rede de distribuição e transporte, bem como implementar sistemas de armazenamento e flexibilidade para acompanhar as mudanças rápidas do consumo elétrico. "Nunca as renováveis foram a causa do incidente nem retarderam a sua resolução", afirmou, aliviando eventuais críticas.
A associação defende três pilares essenciais: elevar as interligações com a Europa, aumentar a capacidade das energias renováveis e investir continuamente na gestão e modernização das redes. Segundo a APREN, essas medidas são imprescindíveis para garantir a soberania energética e reforçar a estabilidade do sistema, sobretudo em momentos de crise.
A APREN também elogiou a intervenção célere da REN – Redes Energéticas Nacionais – que, em questão de horas, conduziu a reposição de uma parte significativa do fornecimento elétrico, contribuindo para manter a estabilidade e prevenir consequências mais graves.