Ucrânia reporta perdas significativas em tropas russas nos últimos seis meses
De acordo com o comandante das Forças Armadas ucranianas, mais de 230 mil soldados russos foram eliminados, junto com 1.311 tanques, no primeiro semestre de 2025.

O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, anunciou na sexta-feira que, nos primeiros seis meses de 2025, as Forças de Defesa ucranianas neutralizaram mais de 230 mil soldados russos, além de destruírem 1.311 tanques e 2.885 veículos blindados inimigos. A informação foi divulgada através da sua página na rede social Facebook e repercutida pela agência de notícias Ukrinform.
Syrskyi expressou também a sua gratidão a "todos os defensores ucranianos pelo desempenho eficaz e profissional demonstrado em combate".
Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro de 2022, até 4 de julho de 2025, a Rússia teria perdido cerca de 1.024.210 militares, incluindo 1.120 mortos e feridos reportados em 3 de julho, conforme indicado pela Ukrinform.
No que diz respeito à atividade militar recente, na sexta-feira registaram-se 136 confrontos ao longo da linha da frente, com as forças russas a realizarem 42 ataques na zona de Pokrovsk, Donetsk, conforme relatado pelas autoridades ucranianas. O Estado-Maior das Forças Armadas também informou que oito batalhas continuam a decorrer nesta área.
O relatório operacional destacou que os russos dispararam quatro ataques com mísseis e 55 ataques aéreos, utilizando 15 mísseis e desencadeando 74 bombardeamentos guiados. Além disso, foram mobilizados 1.436 drones kamikazes, resultando em 4.496 ataques contra posições ucranianas e zonas habitadas.
A invasão da Ucrânia pela Rússia teve início em 24 de fevereiro de 2022, sob a justificativa de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste do país e de "desnazificar" a Ucrânia, que se tornou independente em 1991. Desde então, a guerra tem causado um elevado número de baixas de ambos os lados, com momentos de intensos ataques aéreos russos sobre cidades ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm atacado alvos russos estrategicamente localizados em torno da fronteira e na Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.