Aumento do número de vítimas em Gaza: 20 mortos após ataques israelitas
A Defesa Civil de Gaza reporta mais 20 mortos devido a operações militares israelitas, incluindo bombardeios a escolas abrigando deslocados, enquanto a crise humanitária se agrava.

Nas últimas horas, a Defesa Civil de Gaza anunciou a morte de 20 pessoas em consequência de operações militares realizadas por Israel na região. Mahmoud Basal, porta-voz da organização de primeiros socorros, revelou que um ataque aéreo a uma escola na cidade de Gaza resultou na morte de cinco indivíduos.
Além disso, um bombardeio noturno próximo a outra escola que acolhia civis deslocados provocou a morte de três pessoas e deixou cerca de 10 feridos, incluindo crianças. Desde o início do conflito, que começou após um ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023, muitos cidadãos de Gaza têm-se refugiado em escolas, que têm sido repetidamente alvos de ataques israelitas, cujo objetivo declarado é neutralizar militantes do Hamas escondidos entre a população civil.
O exército israelita, em resposta a questionamentos da agência de notícias France-Presse (AFP), afirmou não ter condições de comentar sobre os ataques, especialmente sem coordenadas geográficas específicas. Dada a situação de restrições impostas aos meios de comunicação e as dificuldades de acesso à zona, a AFP não pode confirmar de forma independente as informações fornecidas pela Defesa Civil.
Na sexta-feira, o Hamas manifestou disposição para iniciar negociações sobre uma proposta de cessar-fogo de 60 dias, mediada pelos Estados Unidos. Até ao momento, as autoridades de Israel não se pronunciaram sobre esta oferta.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está agendado para uma reunião em Washington na próxima segunda-feira com o Presidente dos EUA, Donald Trump, que é a favor de uma trégua.
Desde o início do conflito, que afeta uma população de mais de dois milhões de habitantes em Gaza, o número de mortos já ultrapassou 57.100, com gravas consequências para as infraestruturas e uma crise humanitária sem precedentes, resultando num desespero crescente por ajuda alimentar e médica.
Entre as 251 pessoas sequestradas em Israel, 49 permanecem detidas em Gaza, embora o exército israelita tenha informado que 27 delas foram declaradas mortas.
O grupo Hamas, que controla a região desde 2007, é designado como uma organização terrorista por países como Israel, os Estados Unidos e a União Europeia.