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"Ameaça Russa: a Segurança da UE em Jogo"

A eurodeputada Rasa Jukneviciene alerta que a Rússia almeja expandir a sua influência, sublinhando a importância de apoiar a Ucrânia para salvaguardar a União Europeia.

há 7 horas
"Ameaça Russa: a Segurança da UE em Jogo"

A vice-coordenadora do Parlamento Europeu para a Segurança e Defesa, Rasa Jukneviciene, enfatizou a urgência de impedir a agressão russa à Europa, afirmando que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, "vai invadir Estados da União Europeia se não houver uma intervenção eficaz". Em entrevista à agência Lusa, a lituana apontou um objetivo expansionista da Rússia: "O plano de Putin é desmantelar a União Europeia e reduzir a influência democrática dos Estados Unidos no mundo".

Jukneviciene, membro do Partido Popular Europeu (PPE), do qual fazem parte os partidos PSD e CDS-PP, considera que a vitória da Ucrânia é crucial para a sobrevivência da união europeia, sustentando que "a defesa e a segurança devem ser a nossa prioridade existencial". Para a eurodeputada, é imperativo aumentar o investimento na NATO, de forma a garantir um reforço das capacidades de defesa europeias.

"A guerra que Putin trava contra a Ucrânia é uma luta das democracias europeias. Não estamos preparados para esta realidade e, quando os EUA pedem maior empenho dos aliados europeus, estão certos", adiantou, destacando que é vital que os países europeus assumam uma maior responsabilidade na defesa coletiva.

Jukneviciene sublinhou que o memorando de prevenção deve incluir o fortalecimento das indústrias de defesa europeias, com o foco na ajuda à Ucrânia para vencer a guerra. "Não podemos ver o investimento na defesa como uma ameaça ao nosso estado social. Na verdade, o fortalecimento da defesa é também um impulso económico", afirmou, advertindo que a fragilização da União Europeia nas mãos da Rússia poderia levar à sua extinção.

A eurodeputada observou que, embora muitos optem por não pensar estrategicamente sobre o futuro, o custo para cada cidadão da União Europeia em apoio a ações na Ucrânia é baixo, comparável ao valor de algumas chávenas de café por mês. "Reavaliar prioridades pode ser a nossa salvação", insistiu, referindo experiências passadas da Lituânia, quando a segurança europeia foi testada e o contingente da NATO na região era limitado.

Com base nessa vivência, Jukneviciene defende uma colaboração de defesa que ultrapasse as fronteiras da União Europeia, envolvendo também aliados como o Reino Unido, Noruega, Turquia e Canadá. O compromisso dos 32 países da NATO, acordado numa recente cimeira em Haia, de aumentar para 5% do PIB o investimento em defesa até 2035, representa um passo na direção certa, com uma revisão programada para 2029.

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