Ucrânia ataca base russa enquanto enfrenta intensificação de 'drones'

As forças armadas ucranianas anunciaram, esta manhã, o ataque à base aérea de Borisoglebsk, situada na região de Voronezh, na Rússia. Esta base é conhecida por abrigar caças russos como os Su-34, Su-35S e Su-30SM. O Estado-Maior ucraniano revelou que o ataque teve como alvo um depósito de bombas planadoras, assim como um avião de treino e possivelmente outras aeronaves.

Até ao momento, as autoridades russas não reagiram oficialmente a este ataque. Para a Ucrânia, a destruição de bases aéreas russas é fundamental para reduzir a capacidade militar do adversário e demonstrar a eficácia das suas forças em atingir alvos estratégicos no território russo.

Em junho, a Ucrânia alegou ter eliminado mais de 40 aeronaves russas em várias bases internas através de um ataque surpresa com 'drones'.

Durante a noite, a Rússia lançou uma ofensiva ao disparar 322 'drones' contra várias zonas da Ucrânia, dos quais 157 foram interceptados, enquanto 135 se perderam, presumivelmente devido a contra-medidas eletrónicas. A região ocidental de Khmelnytsky foi a mais afetada, mas não foram registados danos ou vítimas, segundo o governador local, Serhii Tyurin.

A escalada dos ataques de longo alcance pela Rússia tem levantado preocupações sobre a segurança na Ucrânia, especialmente com os recentes bombardeamentos de Kiev, que resultaram em duas mortes e 26 feridos durante uma das ofensivas mais significativas desde o início da invasão, conforme indicado pelo presidente da câmara, Vitali Klitschko.

Essa onda de ataques ocorre após uma conversa entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald Trump, onde discutiram o reforço das defesas aéreas ucranianas e potenciais colaborações na produção de armamento.

Embora os Estados Unidos tenham suspendido algumas remessas cruciais de ajuda militar, incluindo mísseis de defesa, a Ucrânia está a trabalhar na expansão da sua indústria de armamento, reconhecendo que isso levará tempo.

Por sua vez, o Ministério da Defesa russo alegou ter derrubado 94 'drones' ucranianos durante a noite, além de mais 12 pela manhã, sem que se tenham registado vítimas.

A invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, resultou em inúmeras baixas, tanto civis como militares, numa guerra que não parece ter um fim próximo.