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SIRESP após anos de falhas: o futuro incerto da rede de emergências em Portugal

há 12 horas

Apesar de numerosos investimentos e alterações, o SIRESP falha novamente em momento crítico. O Governo lança equipa técnica para repensar a rede, alertando para a necessidade de um sistema mais robusto.

SIRESP após anos de falhas: o futuro incerto da rede de emergências em Portugal

A rede de comunicações SIRESP, destinada ao comando e controlo em situações de emergência, tem estado envolta em polémicas desde a sua criação. Desde a sua implementação, a rede que serve as forças de segurança, bombeiros e agentes de proteção civil enfrentou diversos contratempos, culminando numa nova falha durante o apagão de energia da passada segunda-feira.

A SIRESP, que começou a operar em 2013, já havia mostrado fragilidades em situações críticas, como demonstrado pelo incêndio fatal na Serra do Caramulo. O seu desempenho nas mega-cedências de 2017, que resultaram em mais de 100 mortes, marcou um ponto de viragem, levando a um investimento significativo em melhorias, incluindo a adição de mais antenas e a aquisição total da rede pelo Estado em 2019, após a compra das partes dos operadores privados.

Mais recentemente, o Governo lançou um concurso para a operação da rede, resultando na entrada de novas empresas a operar o SIRESP. Contudo, a Polícia Judiciária também está a investigar contratos relacionados com o sistema, refletindo um clima de incerteza em torno da sua gestão. Um relatório de 2021 já alertava para a obsolescência do sistema, clamando pela necessidade de uma transição para tecnologias mais avançadas como o 4G e 5G.

Após as falhas registadas neste mês, o Governo anunciou a formação de uma equipa técnica que deverá elaborar um plano de ação nos próximos 90 dias para restabelecer e modernizar a SIRESP. Reconhecendo que a atual rede demonstrou limitações operacionais significativas, é imperativo que um novo sistema seja estabelecido para garantir a segurança e comunicação eficaz em situações de emergência.

O futuro da SIRESP é assim um ponto central de debate, especialmente com a abordagem crítica do Governo para resolver as intermitências operacionais e garantir que a comunicação em situações de emergência possa ser feita de forma segura e eficaz, uma necessidade vital para a segurança pública de Portugal.

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