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Sete alegados insurgentes mortos em confrontos em Cabo Delgado

Confrontos nas matas de Quiterajo, Macomia, resultaram na morte de sete supostos terroristas. A situação provocou a deslocação de residentes devido ao medo.

01/07/2025 17:20
Sete alegados insurgentes mortos em confrontos em Cabo Delgado

No último fim de semana, na localidade de Quiterajo, situada a mais de 50 quilómetros da sede do distrito de Macomia, um embate entre as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e alegados terroristas resultou na morte de pelo menos sete indivíduos. A informação foi confirmada por uma fonte oficial à Lusa.

Os confrontos, que ocorreram durante o dia, surgiram quando os insurgentes aparentemente se preparavam para atacar uma posição militar. “Foi uma demonstração de bravura por parte das nossas forças, que conseguiram neutralizar sete terroristas”, afirmou a fonte em Macomia.

Além das fatalidades, foram reportados vários feridos, com a fonte a mencionar que “o cenário nas matas de Quiterajo estava repleto de sangue”. Os confrontos, que começaram na sexta-feira e se estenderam até domingo, geraram pânico e levaram alguns residentes de Mucojo a abandonarem a sua localidade, embora a fonte assegurasse que não houve ataques diretos a Mucojo.

Na quinta-feira, 26 de junho, o administrador de Macomia, Tomás Badae, informou que, desde o início da insurgência, mais de 22.000 pessoas deslocadas devido a ataques de grupos insurgentes haviam regressado a Mucojo e Chai, e aguardava-se o retorno das populações a Quiterajo.

A região de Macomia, situada ao longo da estrada nacional EN380 e a 200 quilómetros da cidade de Pemba, tem sido um foco de combate entre as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, o Ruanda e os insurgentes desde 2017. Os confrontos têm sido alimentados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, resultando em mais de um milhão de deslocados.

Recentemente, dados do Centro de Estudos Estratégicos de África indicaram que, apenas em 2024, foram registadas 349 mortes devido a ataques de extremistas, representando um aumento de 36% em comparação ao ano anterior.

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