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Seis nações lusófonas melhoram posição no Índice de Desenvolvimento Humano

há 3 horas

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU revela que seis países da CPLP progrediram nas suas classificações, destacando Portugal e Brasil entre os melhores e Guiné-Bissau e Moçambique nos últimos lugares.

Seis nações lusófonas melhoram posição no Índice de Desenvolvimento Humano

O recente Relatório de Desenvolvimento Humano, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revela que seis dos nove países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) subiram nas suas posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Líder do grupo, Portugal manteve-se na categoria de desenvolvimento humano “muito elevado”, subindo do 42.º para o 40.º lugar, enquanto o Brasil melhorou a sua posição, passando do 89.º para o 84.º lugar.

Por outro lado, a Guiné-Bissau e Moçambique continuam na extremidade inferior do ranking, mantendo-se nas categorias de desenvolvimento humano “baixo”. Guiné-Bissau ocupou a 179.ª posição, subindo para a 174.ª, e Moçambique, que subiu uma vaga, situa-se agora no 182.º lugar. O Cabo Verde foi uma exceção, descendo da 131.ª para a 135.ª posição, enquanto São Tomé e Príncipe e Timor Leste mantiveram os lugares 141.º e 142.º, respetivamente.

O relatório indica que apenas a Guiné-Equatorial conseguiu preservar a 133.ª posição. Os resultados refletem o desempenho dos países em 2023 e destacam uma paragem no avanço do IDH global, com a África Subsariana se apresentando como a região com os menores índices.

O documento, intitulado “Uma Questão de Escolha: Pessoas e Possibilidades na Era da Inteligência Artificial”, sugere que, apesar de um progresso global “surpreendentemente fraco”, a Inteligência Artificial (IA) pode desempenhar um papel crucial na revitalização do desenvolvimento humano. O relatório alerta para o crescimento das desigualdades entre países ricos e pobres, especialmente entre aqueles com IDH “Baixo” e “Muito Alto”, que, pelo quarto ano consecutivo, continua a aumentar.

O chefe global do PNUD, Achim Steiner, afirmou que é imperativo explorar novas abordagens para estimular o desenvolvimento, mencionando o potencial da IA, embora enfatizando que as decisões tomadas terão um impacto significativo no futuro do desenvolvimento humano.

A disponibilidade de dados e a infraestrutura necessária para a implementação de IA variam bastante entre os países, e a Africa Subsaariana, embora esteja a avançar, ainda apresenta deficiências consideráveis. A concentração de centros de dados, com cerca de 50% deles localizados nos Estados Unidos, intensifica estas desigualdades.

Apesar das dificuldades, o relatório destaca que a democratização da IA está a avançar, com cerca de um em cada cinco inquiridos afirmando já utilizar tecnologias de Inteligência Artificial.

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#DesenvolvimentoHumano #CPLP #InteligênciaArtificial