O Museu Nacional da Resistência e Liberdade, em Peniche, celebra um início promissor com 120 mil visitantes em seu primeiro ano, reafirmando o compromisso com a memória nacional.
Numa trajetória que teve início a 27 de abril de 2024, o Museu Nacional da Resistência e Liberdade acumulou 108 mil visitas nos primeiros oito meses, com expectativas que atingirão os 120 mil no decurso do seu primeiro ano.
A diretora do museu destacou que o sucesso deve-se, sobretudo, ao grande interesse dos portugueses, que veem neste espaço a representação das suas memórias. “Muitos visitantes, inclusive antigos presos – mesmo aqueles que não estiveram na cadeia do Forte de Peniche – têm vindo partilhar os seus testemunhos”, afirmou.
Localizado na histórica Fortaleza de Peniche, que serviu como prisão política durante a ditadura e foi palco da libertação poucos dias após o 25 de Abril de 1974, o museu surge para preservar e transmitir as experiências daqueles que lutaram contra o regime fascista.
Além da exposição permanente, o museu celebra o seu primeiro aniversário com uma exposição temporária sobre a fuga de António Dias Lourenço, a exibição do filme "Clandestina", uma peça de teatro intitulada "Aurora" de Inês Melo e sessões de pintura ao vivo, enriquecendo a programação cultural.
Com um investimento de 4,3 milhões de euros, financiado em parte por fundos comunitários, o projeto transformou a antiga prisão política num espaço-memória, valorizando a história e a luta pela liberdade.