O líder do PS rejeita a ideia de um possível chumbo do governo socialista pela direita, defendendo a necessidade de governabilidade e estabilidade política para o país.
No segundo dia da campanha para as eleições legislativas, Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS), participou num almoço organizado pela Confederação do Turismo de Portugal, em Lisboa. Durante o evento, Francisco Calheiros, presidente da confederação, levantou a hipótese de que, se o PS vencer as eleições e a direita conseguir uma maioria, a AD poderia rejeitar o programa de governo do partido vencedor.
Em resposta, Pedro Nuno Santos considerou a afirmação inaceitável: "Se o Partido Socialista ganhar as eleições, a direita não pode chumbá-lo. Era só o que faltava". Realçou que, no último ano, o PS tem apoiado a AD, oferecendo condições de governabilidade e estabilidade política ao país.
O líder socialista frisou que "ninguém da atual governação, muito menos o primeiro-ministro, se pode queixar do PS", sublinhando que o seu partido, enquanto oposição, foi responsável por proporcionar um ambiente estável. "O mesmo deve aplicar-se caso o PS vença as eleições", adiantou, assegurando que é inconcebível uma situação contrária.
Pedir estabilidade política após as eleições de 18 de maio é crucial, segundo o dirigente socialista, que acredita que "só teremos estabilidade em Portugal com uma vitória do PS". Enfatizou ainda que, lamentavelmente, o ainda primeiro-ministro tem-se tornado na fonte principal de instabilidade política do país nos últimos meses.