Política

PCP critica alianças de direita e alerta para precariedade no trabalho

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, denunciou a conivência do PSD, Chega e PS, afirmando que, apesar das aparências, agem juntos em favor de mais precariedade no trabalho.

03/07/2025 21:30
PCP critica alianças de direita e alerta para precariedade no trabalho

Numa sessão pública realizada no Jardim Arco do Cego, em Lisboa, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, manifestou a sua opinião de que PSD, Chega e PS irão aparentemente demonstrar divergências na Assembleia da República. Contudo, segundo ele, "quando chegar a hora H, será música afinadinha", referindo-se à forma como esses partidos se uniram para chumbarem propostas do PCP.

Raimundo afirmou que, diante da necessidade de "aumento de salários e de direitos", essas forças políticas propõem, na verdade, "mais precariedade" e "maior carga horária" para os trabalhadores. Ele descreveu este grupo como um "quinteto do retrocesso" e acusou-os de empurrarem milhares de jovens para fora do país, visando transformar Portugal numa "escola profissional" para a exportação de mão-de-obra qualificada.

O secretário-geral do PCP destacou ainda a diminuição de mão-de-obra disponível em Portugal, que está a ser compensada pela chegada de imigrantes em busca de melhores condições de vida, que enfrentam uma crescente pressão nas suas rotinas diárias, sob a "capa de imigração controlada".

Em uma crítica indireta ao Chega, Raimundo mencionou que certos grupos preocupam-se com "substituição cultural", quando na realidade o que se observa é a substituição de mão-de-obra, numa tentativa de aumentar a exploração laboral e concentrar riqueza nas mãos de poucos.

Antes de Raimundo, João Ferreira, candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, também se pronunciou. Ele enfatizou que os representantes da CDU lutarão contra a "turistificação desenfreada" e a poluição, além de defenderem questões fundamentais como a valorização do espaço público e melhores transportes. Ferreira criticou a gestão dos últimos anos por parte do PSD e PS, advogando que os lisboetas não devem ser reduzidos a opções que não respondem ao seu descontentamento.

Na sessão, também foi anunciado que o ex-apresentador de televisão Francisco Lucas Mendes será o mandatário da candidatura da CDU à Câmara Municipal, expressando a sua honra por aceitar o papel, numa altura em que Lisboa "precisa mais de ajuda do que nunca".

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