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PAM apoia mais de 370 mil pessoas no norte de Moçambique em maio

O Programa Alimentar Mundial assistiu 377.835 beneficiários em maio, alcançando 90% do objetivo de distribuição, em meio a uma grave crise humanitária no país.

há 8 horas
PAM apoia mais de 370 mil pessoas no norte de Moçambique em maio

Em maio, o Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU proporcionou auxílio a 377.835 pessoas no norte de Moçambique, uma região severamente afetada por conflitos armados e que abriga um elevado número de deslocados internos. Este apoio representa 90% do plano previsto para o ciclo de distribuição de maio e junho.

A província de Cabo Delgado tem enfrentado desde 2017 uma insurgência armada, resultando em milhares de mortes e exacerbando uma crise humanitária que já deslocou mais de um milhão de cidadãos. Recentemente, as hostilidades também se expandiram para a província vizinha de Niassa, onde ataques resultaram na morte de dois guardas florestais.

O PAM refere que sua ajuda humanitária é parte de uma resposta de emergência, mas tem enfrentado desafios significativos, como o acesso limitado a certas áreas, especificamente no distrito de Quissanga, e a insegurança prevalente em Macomia. Devido a restrições financeiras, a organização tem fornecido apenas meias rações a cada dois meses.

O mês de maio marcou o começo do ciclo de distribuições que se estenderão até junho, com o objetivo de cobrir as necessidades das populações afetadas. No mesmo período, foram entregues 5.388 toneladas de alimentos, além de uma transferência de ajuda financeira de cerca de 4,5 milhões de dólares (aproximadamente 3,8 milhões de euros) para mitigar os efeitos do fenômeno climático El Niño e de três ciclones que devastaram o país entre dezembro e março, causando 175 mortes e a destruição de muitas infraestruturas.

Para garantir a continuidade da assistência humanitária até novembro, o PAM estima serem necessários cerca de 157,6 milhões de dólares (133,8 milhões de euros) em financiamento. Em 2024, já foram contabilizadas 349 mortes devido a ataques de grupos extremistas islâmicos no norte do país, um aumento alarmante de 36% em comparação com o ano anterior, segundo um estudo do Centro de Estudos Estratégicos de África.

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