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Ministra da Saúde assume responsabilidade após morte de bebé e promete melhorias

Ana Paula Martins defende que a solução para problemas na saúde passa por resoluções eficazes, não pela demissão, após caso trágico de uma grávida que perdeu o bebé.

há 7 horas
Ministra da Saúde assume responsabilidade após morte de bebé e promete melhorias

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, abordou hoje o caso de uma grávida que, após atendimentos em cinco hospitais em apenas 13 dias, perdeu o seu bebé após o parto. Em declaração à imprensa, a governante afirmou que, enquanto ministra, prefere assumir a responsabilidade e implementar soluções, em vez de considerar a demissão.

Questionada sobre as medidas que serão tomadas após este incidente, especialmente considerando que a sua antecessora se demitiu após a morte de uma gravide, Martins respondeu que a abordagem dela na governação é focada na resolução de problemas. "A forma como eu vejo o exercício da governação é assumir responsabilidades resolvendo os problemas, e não demitindo-me”, declarou.

A ministra, que falava à margem da apresentação do índice de Sustentabilidade da Saúde elaborado pela NOVA Information Management School, enfatizou a gravidade de tais ocorrências, garantindo que aguardará com calma os resultados das auditorias internas nos hospitais envolvidos. “A Direção Executiva está a avaliar com cuidado e a realizar auditorias internas em cada um destes hospitais”, disse.

O caso em questão envolve uma mulher de 37 anos, que foi atendida em várias unidades de saúde, inclusive o Hospital de Setúbal e o Hospital Garcia de Orta, onde não foram detetados problemas em diversos atendimentos. Após ser direcionada à ULS de Santa Maria, onde foi submetida a uma cesariana, a recém-nascida nasceu com sinais de sofrimento fetal e, apesar de tentativas de reanimação, acabou por falecer.

Além disso, a ministra reconheceu os desafios nas urgências de obstetrícia na região de Lisboa, adiantando que um plano para melhorar o funcionamento destas urgências será apresentado em breve ao Governo. “É preciso reorganizar os serviços de urgência”, afirmou, sublinhando que estas ações fazem parte do plano de emergência e do programa do Governo.

Por fim, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou que irá acompanhar a avaliação dos cinco hospitais que prestaram assistência à grávida, assegurando que estas unidades estão a analisar a situação dentro das suas competências.

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