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Julgamento da Operação Pretoriano acusado de procurar culpados

A defesa de Fernando Saul criticou o processo da Operação Pretoriano, considerando-o uma "farsa" e questionando a razão da acusação ao seu cliente. A leitura do acórdão está marcada para 31 de julho.

01/07/2025 20:05
Julgamento da Operação Pretoriano acusado de procurar culpados

A advogada de Fernando Saul denunciou hoje que o julgamento conhecido como Operação Pretoriano é "uma tentativa de arranjar bodes expiatórios". Durante as alegações finais no Tribunal Judicial da Comarca do Porto, Cristiana Carvalho expressou a sua perplexidade em relação ao envolvimento do seu cliente no processo, uma vez que não foi impedido de continuar no seu cargo no FC Porto.

"O tribunal não conseguiu comprovar os factos. Este processo é uma falácia que prejudica os adeptos. O que fez o meu cliente para estar aqui sentado?", questionou Carvalho, sublinhando a gravidade das condenações pedidas, que incluem penas efetivas para os arguidos.

Francisco Duarte, advogado de Hugo Loureiro, conhecido como 'Fanfas', criticou o que chamou de "uma manta de retalhos" construída pelo Ministério Público, e referiu a ausência de provas concretas que liguem o seu cliente a atos ilícitos. Ele destacou que, no início do processo, existia uma testemunha ligada ao FC Porto que "montou tudo", mas essa prova não foi considerada.

O advogado de Fábio Sousa, António Caetano, pediu a exclusão de presunções genéricas da acusação e solicitou a absolvição do seu cliente, enfatizando que a mera presença numa assembleia não pode ser motivo para condenação.

Mariana Espírito Santo, representante de Carlos Nes, frisou que não há provas que o liguem a qualquer crime, defendendo a sua absolvição com base na falta de evidências concretas.

Adélia Moreira, advogada de José Pedro, declarou que o processo representa uma "desilusão total" por não haver coautoria ou planos premeditados. Criticou ainda as alegações do MP, considerando-as uma tentativa desesperada por evidências.

Marisa Oliveira, que defende José Dias, também pediu a absolvição, afirmando que as acusações carecem de provas substanciais.

Os arguidos, entre os quais Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, enfrentam 31 acusações relacionadas a eventos ocorridos em novembro de 2023 durante uma assembleia geral do FC Porto. O MP alega que houve uma tentativa da claque em criar um ambiente de intimidação para aprovar mudanças nos estatutos do clube.

O Ministerio Público solicitou penas superiores a cinco anos de prisão para alguns dos arguidos principais, enquanto a leitura do acórdão está agendada para 31 de julho às 14:00.

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