Mercados europeus iniciam semestre com resultados mistos, preparação para reunião de bancos centrais

Às 09:00 em Lisboa, as bolsas estavam a apresentar desempenhos distintos, com Londres a liderar as subidas, a valorizar-se em 0,17%. Madrid acompanhava, com um aumento de 0,10%.

Em contraste, Frankfurt registava uma queda de 0,12%, enquanto Paris recuava 0,10% e Milão perdia 0,41%. O índice Euro Stoxx 50, que agrega as maiores empresas da Europa, também mostrava uma descida de 0,10%.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio viu o seu principal indicador, o Nikkei, cair 1,24%, refletindo a inquietação em torno das negociações comerciais entre o Japão e os Estados Unidos. Por outro lado, a Bolsa de Xangai conseguiu um pequeno ganho de 0,39%.

Futuros em Wall Street indicam uma leve subida, com as perdas limitadas a 0,25% em todos os índices, após um dia de encerramento positivo na segunda-feira, onde o S&P 500 e o Nasdaq atingiram máximos históricos, a fechar com ganhos de 0,52% e 0,48%, respetivamente, e o Dow Jones a avançar 0,63%.

Com a data limite estabelecida pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, a aproximar-se para o fechamento dos acordos comerciais, o progresso tem sido considerado insuficiente, havendo a possibilidade de um alargamento do prazo até setembro, como avançado por Washington.

Adicionalmente, aguarda-se também pela aprovação do grande pacote fiscal e de defesa apoiado por Trump, designado de "The One Big Beautiful Bill Act".

No mercado das matérias-primas, o ouro viu uma valorização de 1,25%, atingindo 3.349 dólares por onça, enquanto os preços do petróleo subiram moderadamente. O Brent, referência europeia, avançou 0,15%, fixando-se nos 66,84 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, referência dos EUA, subiu 0,17% para 65,22 dólares por barril, antes da abertura do mercado.

A partir de hoje, o Fórum do Banco Central Europeu (BCE) dá início às suas sessões de debate, com Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, a liderar uma discussão sobre as implicações macroeconómicas das mudanças nos mercados de trabalho na zona euro.

O programa seguirá com uma sessão sobre "transmissão monetária através das famílias, consumo e poupança", baseada num artigo de Paolo Surico, da London Business School, além de um painel focado na "heterogeneidade entre países da área do euro e suas consequências para a política monetária", coordenado por Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do BCE.

O dia culminará com um painel que incluirá figuras proeminentes como Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, Christine Lagarde, presidente do BCE, Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos EUA, Chang Yong Rhee, governador do Banco da Coreia, e Kazuo Ueda, do Banco do Japão.

O Fórum do BCE encerrará na quarta-feira, com a presidente Lagarde, que na sua intervenção de abertura, destacou a frequente volatilidade da inflação devido a choques na procura e ajustes rápidos de preços por parte das empresas.