Rui Tavares enaltece a incansável luta ética de João Cravinho, destacando-o como um exemplo de coragem e serviço público na política.
Rui Tavares, porta-voz do Livre, expressou a sua tristeza pela morte de João Cravinho, ocorrida na quarta-feira, aos 88 anos. Segundo Tavares, o antigo ministro nunca se deixou abater pelo fatalismo político, mantendo sempre uma postura crítica e inquieta quanto ao sentido da ação pública.
Durante a sua carreira, João Cravinho desempenhou funções de relevo em diversos governos, tendo sido, entre outras coisas, ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional, liderado por António Guterres, e ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório, sob Vasco Gonçalves. A sua dedicação à ética consistia não só na defesa de valores abstratos, mas na promoção de uma prática diária baseada na integridade.
Rui Tavares destacou ainda a importância do exemplo deixado por João Cravinho, que se caracterizou pela coragem, ideias concretas e esperança para a democracia. O ex-ministro, que também é lembrado na trajetória política do seu filho, João Gomes Cravinho – que serviu como ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros –, deixa um legado inspirador para aqueles que acreditam num serviço público pautado pela dignidade e transparência.
As condolências mais sentidas foram transmitidas à família e aos amigos do socialista, num momento de grande perda para a política nacional.