Rui Rocha defende cortes fiscais que impulsionem a economia, questionando o foco dos outros partidos e propondo reformas que tornem o Estado mais eficiente em beneficiar empresas e famílias.
Lisboa, CIP – Durante uma reunião da Confederação Empresarial de Portugal, o líder da IL, Rui Rocha, apresentou a visão do partido para o futuro fiscal de Portugal, destacando uma estratégia orientada para desagravamentos que estimulem a criação de riqueza.
De acordo com Rui Rocha, a IL diverge do Partido Socialista e da AD em termos de ambição e objetivos. Assim, enquanto o PS defende a redução dos impostos sobre produtos alimentares, nomeadamente a descida do IVA, a IL aposta numa abordagem que privilegie os setores e áreas que efetivamente geram riqueza para o país.
O dirigente da IL afirmou que a prioridade deve ser reduzir a carga fiscal sobre o trabalho e as empresas que contribuem para o crescimento económico, bem como criar condições para atrair investimento estrangeiro. “Não podemos esperar que as famílias e as empresas continuem a suportar o peso de uma máquina estatal ineficiente. É o Estado que tem de dar o exemplo, com um esforço de apenas 1% ao ano na despesa pública”, destacou.
Entre as medidas propostas pela IL, encontram-se a redução do IRC até aos 15% e a criação de dois escalões no IRS, num plano que prevê um custo total de 6.200 milhões de euros para toda a legislatura. Para Rui Rocha, “a verdadeira mudança passa pela modernização do Estado, eliminando duplicações nos serviços que funcionam mais para si próprios que para a população”.
Em resposta às críticas de líderes de outros partidos quanto à falta de clareza na compensação dos custos desta proposta, o líder da IL questionou os argumentos concorrentes, sublinhando que as medidas da IL são transparentes em valores e objetivos, e que a ambição do partido é atingir um crescimento económico superior a 3% ao ano.
Noutro momento, o presidente da CIP, Armindo Monteiro, criticou a recusa de alguns partidos em reduzir o IRC, reclamando um consenso nacional para combater uma taxa que, segundo ele, penaliza excessivamente as empresas portuguesas.