Sindicatos convocam greve no Dia do Trabalhador, a 1 de Maio, visando reivindicações por melhores salários e Direitos dos Trabalhadores nas áreas de hotelaria, turismo e comércio.
A Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor dos Serviços (Sitese) anunciaram uma greve para a próxima quinta-feira, 1 de Maio, que coincide com o Dia do Trabalhador. Esta paralisação afetará diversos setores, incluindo a hotelaria, turismo e distribuição.
No comunicado emitido pelo Sitese, a greve está programada para começar à meia-noite e terminar às 24:00 horas, englobando trabalhadores do comércio, serviços de escritório e empresas ligadas à APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.
A motivação por trás deste protesto é a defesa de um “trabalho digno”, abordando questões como a precariedade, a necessidade de aumentos salariais, bem como a exigência do cumprimento das negociações coletivas e dos direitos laborais.
O pré-aviso de greve da Fesaht abrange uma ampla gama de trabalhadores, incluindo aqueles nas indústrias de agricultura, alimentação, bebidas, e serviços relacionados a turismo e hospitalidade. Este avisoío ainda se estende a trabalhadores em áreas de serviços nas autoestradas, transportes ferroviários e outras instituições, incluindo IPSSs e lares, públicos e privados.
Os sindicatos organizadores pretendem participar nas manifestações da CGTP-IN, que também se destinam a reivindicar aumentos salariais e pensões, a fixação de preços máximos para bens essenciais e medidas para mitigar o aumento do custo de vida.
Entre as principais exigências no âmbito da greve, destaca-se um aumento salarial de 15%, com um mínimo garantido de 150 euros por trabalhador, além do aumento do Salário Mínimo Nacional para 1.000 euros. Também é solicitado um acréscimo de 50% para trabalho ao fim de semana e de 25% para horários repartidos e turnos.
A greve pede ainda a implementação de dois dias de descanso semanal consecutivos, o aumento de pensões de modo a preservar o poder de compra, e a revogação de legislações laborais prejudiciais. Também se pede a redução da carga horária semanal para 35 horas, sem perda de remuneração, e a regularização da situação de trabalhadores precários.
O pré-aviso de greve inclui períodos antes e depois do horário normal de trabalho, sempre que os horários não coincidam com o período principal da greve. Durante a greve, serão assegurados serviços mínimos acordados nos contratos coletivos, como refeições geriátricas e serviços de urgência.