Os hutis do Iémen impõem um "bloqueio aéreo" a Israel, atacando aeroportos e pedindo às companhias aéreas internacionais que suspendam voos para proteger a segurança das operações.
Os rebeldes xiitas hutis, provenientes do Iémen, anunciaram esta manhã a implementação de um "bloqueio aéreo" contra Israel, intensificando os ataques a aeroportos do país. Em uma declaração difundida na plataforma Telegram, o porta-voz militar do grupo, Yahya Sarea Sarea, justificou a ação como uma resposta ao aumento das ofensivas israelitas contra a Faixa de Gaza.
"As Forças Armadas iemenitas estão determinadas a estabelecer um bloqueio aéreo total contra o inimigo israelita, com ênfase no ataque ao aeroporto de Lod, também conhecido como Aeroporto Ben Gurion", disse Sarea.
O porta-voz apelou ainda às companhias aéreas internacionais, pedindo que levem em consideração a seriedade da situação e que cancelem todos os voos programados para aeroportos israelitas, visando proteger a segurança das aeronaves e dos seus tripulantes.
A declaração dos hutis mencionou também os ataques israelitas a outras nações árabes, como o Líbano e a Síria, reiterando a posição do grupo na escalada do conflito.
No mais recente episódio, um míssil lançado pelos hutis atingiu o aeroporto Ben Gurion, resultando em seis feridos. Este foi o quinto ataque com mísseis contra Israel em um período de 48 horas, e, segundo informações de fontes militares israelitas, foi a primeira vez que o sistema defensivo falhou em interceptar os projéteis.
Como consequência, várias companhias aéreas, incluindo Lufthansa, Austrian Airlines, e Air Canada, decidiram suspender voos programados para hoje e estão a redefinir as suas operações para a próxima semana.